O verão está cada vez mais próximo e é nessa estação que os casos de câncer de pele aumentam. Não é à toa que, anualmente, a Sociedade Brasileira de Dermatologia promove a campanha do Dezembro Laranja, sobre a conscientização do câncer de pele, o tipo mais incidente no Brasil.
O principal motivo para o surgimento do câncer de pele em um país tropical como o Brasil é a exposição solar excessiva e sem a proteção adequada. Expor-se ao sol com a pele desprotegida pode causar alterações celulares que levam câncer, e, quanto mais queimaduras solares a ao longo durante a vida, maior é o risco do câncer de pele, por isso ele é mais comum em pessoas acima de 40 anos.
Tipos de tumores cutâneos
Os cânceres de pele podem ser divididos em câncer de pele não melanoma, mais frequentes, e câncer de pele melanoma, mais raro. Segundo a doutora Flávia, a principal diferença entre os tipos de câncer de pele está na agressividade: “O melanoma tem um comportamento mais agressivo, com metástases precoces e alto índice de mortalidade se não diagnosticado precocemente. ”
Apesar de menos frequentes, cerca de 5% dos tumores, os casos de melanoma estão aumentando consideravelmente no Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Não existe uma regra para o aparecimento do melanoma, mas algumas pessoas estão mais vulneráveis do que outras. Quem tem pele muito clara, com muitas pintas ou até mesmo com antecedente pessoal de câncer de pele ou histórico familiar de melanoma maligno deve ter atenção redobrada e procurar um dermatologista para avaliar as manchas corporais. “Além disso, os tumores, quando surgem em pele negra, costumam ser mais agressivos, sobretudo nas extremidades do corpo”, explica a doutora Flávia.
É importante observar alguns sinais que podem indicar alterações importantes: mudança da cor, tamanho e formato podem ser sinal de problemas. Além disso, sinais de sangramento, ulceração, dor ou prurido são características de lesões malignas, e que devem ser checadas pelo dermatologista o mais rápido possível.
Tratamento
O tratamento pode variar de acordo com a avaliação do médico, e pode ser desde uso de medicações tópicas e orais, no caso de tumores em fases iniciais, até a conduta cirúrgica. Mas, como em todo tratamento, a doutora Flávia alerta para a possibilidade de riscos. “Todo tratamento envolvendo procedimentos e/ou drogas, mesmo sendo realizado adequadamente, pode evoluir com complicações. Por isso, é fundamental fazer o tratamento com o dermatologista, que é o especialista orientar o tratamento adequado. ”
O ideal, no entanto, é que, ao longo da vida, seja feita a proteção adequada da pele contra raios solares. Isso inclui o uso de protetores solares com fator 30 ou mais, inclusive em dias chuvosos e nublados, e evitar estar exposto ao sol nos horários de pico, entre 10h e 16h. Com esses cuidados, as chances de câncer de pele diminuem consideravelmente, além de trazer outros benefícios, como evitar queimaduras e o envelhecimento precoce da pele.