Elas podem ser fruto de uma queimadura, uma cirurgia, um acidente, de alguma doença de pele, como a acne… Independentemente da causa, as cicatrizes podem causar grande impacto na autoestima, dependendo do local e da extensão. “De acordo com a resposta de inflamação e posterior proliferação do tecido, elas podem ser atróficas, mais finas que a pele normal, ou hipertróficas, mais espessas”, explica a doutora Flávia Addor.
As cicatrizes ocorrem quando algum fator atrapalha o processo natural de cicatrização, como, por exemplo, infecções, pontos apertados ou trauma repetido. Em outros casos, crescimento anormal de tecido cicatricial que se forma no local de um traumatismo, gerando o queloide. A Dra. Flávia explica que eles são uma resposta hiperproliferativa, que ultrapassa os limites da cicatriz, e ocorre sobretudo em pacientes mais jovens e de pele mais morena. “Pode ocorrer em procedimentos cuja cicatrização foi dificultada, por exemplo, com abertura precoce dos pontos. O tratamento é mais complexo, variando desde infiltração de medicamentos até a cirurgia, de acordo com o caso do paciente”, diz.
No caso das cicatrizes deixadas pela acne, prevenir é a melhor solução, tratando o problema precocemente com acompanhamento do médico dermatologista. Quando de origem cirúrgica, o ideal é evitar movimentos no local da cicatriz, tomar cuidado com infecções e observar as orientações médicas quanto a sol. Mas, se antes as cicatrizes eram motivo de incômodo, hoje elas não significam necessariamente uma marca permanente na pele. “O laser ablativo tem um resultado interessante modulando a resposta nas cicatrizes, tanto as finas quanto as espessas, sempre associadas às medicações como corticoides de uso local. A radiofrequência microagulhada também tem mostrado ótimos resultados em cicatrizes vindas da acne e de cirurgias”, diz a Dra. Flávia.